Lançamento do livro "Soledad no Recife"







Li o primeiro capítulo do livro “Soledad no Recife”, do escritor pernambucano Urariano Mota, e fiquei com aquele gostinho de quero mais. Por isso, estarei na Livraria Cultura na próxima sexta (14/08), às 20h, para prestigiar um autor poético, de escrita fina, que sente “por todos os poros e sentidos”, segundo o próprio.

Urariano conta a história de Soledad Barret Viedma, uma jovem torturada, traída e morta – grávida de sete meses- no Recife de 1973. O livro foi publicado pela Editora Boitempo, e tem como pano de fundo o assassinato coletivo na chácara São Bento, que fica na Região Metropolitana do Recife. Lá, seis militantes foram mortos pela equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury, que havia designado o cabo Anselmo como informante infiltrado do regime militar. Cabo Anselmo era companheiro de Soledad e pai do filho que ela trazia no ventre – que traição! De acordo com o escritor, as informações publicadas pela mídia local, na época, vinham da agência de segurança nacional e são falsas. Ele afirma que, na verdade, houve uma execução fria de seis bravos militantes, incluindo a paraguaia Soledad, personagem principal do livro – é; os militantes eram sempre considerados subversivos e terroristas.
Fiquei realmente instigada... Urariano escreve sobre um caso triste de tortura e assassinato sem perder a doçura, a poética encantadora que me fez devorar o seu primeiro capítulo.

Comentários

  1. beli...que história, a começar pelo nome da personagem..Soledad ;~

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  2. Belisa,

    Assisti a entrevista do cabo Anselmo no Canal Livre, rede Bandeirantes. Ele me pareceu uma pessoa muito bem informada, inteligente e fria. Em nenhum momento mostrou arrependimento ou sinal de compaixão pelos amigos mortos e nem pela Sol e seu filho. Ele a descreveu como uma militante que sabia o que poderia acontecer...E do resto, apenas disse que fez o que fez porque não acreditava mais na causa e tinha medo de morrer. E para se defender da acusação de que entregou a mae de seu filho para ser executada, se defendeu: "fiz um acordo com Fleuri, de libertá-la; mas ele não cumpriu.
    Fleury, o monstro, está morto. Muito fraca a história.
    Esse cabo tem mesmo o perfil agente duplo: inteligente, competente e frio.

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  3. Pois é... Infelizmente só fiquei sabendo da entrevista quando algumas comunidades do orkut já estavam comentando, inclusive ccolocaram esse texto meu. Mas vou procurar no youtube, pelo que você falou, vai ser só mais uma comprovação. Parece ficção, ou será comédia, né não?! É Brasil. Abraço brother Ka.

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