Compasso




Imagine uma formiga.

Ela sai de cabeça baixa carregando seu alimento com um pesar solitário, trabalhando contra o tempo de inverno que está chegando.
Se olharmos com uma câmera micro, analisando a formiguinha em si, observamos o seu andar silencioso, concentrada no dever. Mas por dentro, tagarela de si para si, como um exercício de consciência interna.
Se olharmos com uma lente maior, percebemos que ela está cercada por milhares de outras formigas, que caminham silenciosas também, mas todas juntas, imbuídas no mesmo compasso.
Ficar só consigo mesmo é falar de si para si e ter muitas respostas, é analisar o seu íntimo e meditar o que habita em sua alma. É necessário, engrandecedor.
E quando o trabalho acaba e o inverno chega sentimos o sangue pulsando nas veias, descobrimos o que habita em nós e aperfeiçoamos, felizmente, a arte de viver.

Comentários

  1. se eu pudesse roubava todos os teus textos para mim,são lições de vida que eu não quero nunca perder!!!

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  3. Ela conseguiu resumir em poucas linhas tudo o que os seres humanos necessitam para viverem de maneira
    pacífica,madura,nao egoísta e intensamente q é o mais substancial...e ela so tem o q?...23 aninhos...uma visionária com essa idade?algumas ambições são muito saudáveis...principalmente quando é despretenciosa,espontanea...t adoro bjos

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