"Una Veredita Alegre"

Talvez tenha chegado a hora, aquele frio na espinha que há muito não sentia me veio ligeiramente. Chove bastante, desde cedo, mas o que me invade é diferente daquele vento forte que passa e me deixa arrepiada. Eu sinto um frio que vem de dentro, os dias chuvosos não podem ser responsabilizados, nem Caetano quando canta Fina Estampa.
Olho o tempo e a chuva, quando as conversas na mesa do Café já não me atraem. Prazeroso mesmo é olhar o tempo enquanto meus pensamentos divagam por aqui e por ali, até que eles se restabeleçam e eu compreendo o que há em mim. Vacilo porque minhas certezas são cheias de talvez. Talvez eu precise dizer tudo, como quando nos confessamos na primeira comunhão, relatando o que habita na minha alma, mas aquela criança inocente, sem pecados humanos, ingênua, não existe mais em mim.
A exposição as vezes é necessária, para afrouxar o coração e aliviar uma dor que não sei de onde vem. Mas ainda há medo, apesar da consciência que desilusões são tão necessárias quanto sonhos. Agora estou me segurando, muito deve permanecer oculto, para que amanhã possamos acertar nossos ponteiros.
Existe alguém, e “Una veredita alegre”.

Comentários

  1. Deixa eu dizer uma coisa sobre tolice:
    "Tolice é não caminhar com as próprias pernas e sr refèm das decisões de alguém"

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